Manifestantes europeus bloqueiam tráfego e vandalizam lojas após bloqueio de flotilha de ajuda a Gaza

Publicado 02.10.2025, 16:10
Atualizado 02.10.2025, 16:14
© Reuters.

BARCELONA/ROMA (Reuters) - Manifestantes pró-palestinos bloquearam o tráfego e vandalizaram lojas e restaurantes na Europa nesta quinta-feira, após forças israelenses interceptarem uma flotilha carregada de ajuda humanitária com destino a Gaza.

Israel enfrentou condenação internacional depois que soldados israelenses armados abordaram cerca de 40 navios que tentavam romper um bloqueio naval para entregar ajuda ao enclave palestino, prendendo mais de 400 ativistas estrangeiros, incluindo a ativista climática sueca Greta Thunberg.

Em Barcelona, manifestantes quebraram vidros e pintaram com spray slogans anti-Israel em janelas de lojas e restaurantes, incluindo a rede de cafeterias Starbucks, a franquia de hambúrgueres Burger King e a rede de supermercados Carrefour, acusando-os de cumplicidade na ofensiva de Israel na Faixa de Gaza.

"Esses protestos são a única coisa que podemos fazer", disse Akram Azahomaras, que estava entre os manifestantes, mas considerou o vandalismo contraproducente.

"Mas fazer isso dessa forma não me parece correto", acrescentou. "Precisamos fazer isso de forma pacífica, com nossas palavras, não com ações."

Na Itália, estudantes ocuparam universidades, incluindo a Statale, de Milão, e a La Sapienza, de Roma, e bloquearam o acesso à universidade de Bolonha usando pneus de carros, mostraram imagens de vídeo.

Em Turim, centenas de pessoas bloquearam o tráfego no anel viário da cidade, segundo relatos de agências de notícias.

Médicos, enfermeiros e farmacêuticos, entre outros, se preparavam para participar de um flash mob em Roma, acendendo lanternas e luzes de celulares e lendo os nomes dos 1.677 profissionais de saúde mortos em Gaza, segundo organizadores.

Sindicatos italianos convocaram uma greve geral em apoio à flotilha de ajuda a Gaza, com mais de 100 marchas ou passeatas previstas em todo o país.

O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, criticou o transtorno causado por alguns dos manifestantes.

"Alguém realmente acredita que o bloqueio de uma estação, um aeroporto, uma rodovia ou a destruição de uma loja na Itália trará alívio ao povo palestino?", escreveu ele no X.

Em toda a Europa, milhares de manifestantes foram às ruas em Dublin, Paris, Berlim e Genebra para condenar a interceptação da flotilha por Israel. Também ocorreram manifestações em Buenos Aires, Cidade do México e Karachi.

Em Istambul, uma multidão se reuniu do lado de fora da embaixada israelense segurando faixas com slogans como "Israel está massacrando a humanidade, não Gaza" e "Não fique em silêncio, não fique sentado, levante-se".

A guerra em Gaza já matou mais de 66.000 pessoas, de acordo com autoridades palestinas.

Israel iniciou sua ofensiva após ataque liderado pelo Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, no qual cerca de 1.200 pessoas foram mortas e 251 foram levadas como reféns, segundo registros israelenses.

(Reportagem de Miguel Gutierrez em Barcelona, Alvise Armellini em Roma)

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