BELÉM, Cisjordânia (Reuters) - Palestinos que protestavam contra a política do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre Jerusalém interromperam um workshop de marketing palestino coordenado pelos EUA realizado na Cisjordânia ocupada nesta terça-feira, danificando um veículo diplomático norte-americano quando este se afastava.
Os manifestantes atiraram tomates no SUV, que tinha placas do consulado dos EUA. Eles também chutaram uma de suas portas e arrancaram o envoltório de plástico de um espelho lateral enquanto o carro partia cercado por uma escolta policial palestina saindo da Câmara de Comércio de Belém.
Samir Hazboun, diretor da Câmara, disse à Reuters que um evento de marketing digital que o consulado dos EUA em Jerusalém ajudou a organizar estava em andamento quando cerca de cinco manifestantes invadiram o local.
"Recebemos um especialista americano neste tema. Algumas pessoas que vêm tentando expressar seu ponto de vista e protestar (contra) a decisão americana relacionada a Jerusalém e a situação política... interromperam o workshop e paramos o workshop", explicou Hazboun.
Comentando o incidente, uma porta-voz do Departamento de Estado disse: "Os Estados Unidos se opõem ao uso da violência e da intimidação para expressar opiniões políticas. Este programa não-político era parte de um envolvimento de longo prazo dos EUA para criar oportunidades econômicas para palestinos".
Ao anunciar, em 6 de dezembro, o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, Trump reverteu décadas de política externa dos EUA, segundo a qual o status da cidade deve ser decidido em negociações entre israelenses e palestinos. Sua declaração foi rejeitada universalmente por líderes árabes, desencadeou protestos de rua de palestinos e foi amplamente criticada no exterior.