(Reuters) - Chelsea Manning deixou uma prisão militar norte-americana nesta quarta-feira, sete anos após ser presa por passar segredos para o WikiLeaks no maior vazamento de informações confidenciais da história dos Estados Unidos.
Manning, de 29 anos, foi solta do Quartel Disciplinar dos EUA no Forte Leavenworth, no Estado do Kansas, por volta das 2h da manhã (horário local), de acordo com um curto comunicado divulgado pelo Exército norte-americano.
A ex-analista de inteligência militar, à época conhecida como o soldado de primeira classe Bradley Manning, foi condenada por fornecer mais de 700 mil documentos, vídeos, telegramas diplomáticos e relatos de batalha para o WikiLeaks, uma organização internacional que publica esse tipo de informação de fontes anônimas.
Manning disse em 2014 que escolheu revelar as informações confidenciais para expor verdades sobre a guerra civil no Iraque "por amor pelo meu país".
Antes de deixar o cargo, o ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama perdoou os últimos 28 anos da sentença de 35 anos de Manning.
A decisão irritou especialistas em segurança nacional que dizem que Manning colocou vidas norte-americanas em risco, mas foi elogiada por defensores de transgêneros que abraçaram a transição dela para a identidade de gênero feminina.
(Reportagem de Jonathan Allen e Daniel Trotta)