(Reuters) - O chefe do Centro de Prevenção e Controle de Doenças dos Estados Unidos (CDC), Tom Frieden, disse nesta quarta-feira que o material genético retirado dos cérebros de bebês mortos no Brasil são a "maior evidência até agora" da relação entre microcefalia em recém-nascidos e o Zika vírus.
Frieden disse que a agência norte-americana está aprendendo mais sobre o Zika a cada dia, incluindo a possibilidade de transmissão do vírus das mães para os bebês e as relações entre a doença e a microcefalia, mas ressalvou que a relação ainda não pode ser definitivamente provada.
O chefe do CDC afirmou ainda, durante audiência no Congresso dos EUA, que espera que Porto Rico seja fortemente atingido pelo surto de Zika.
"Provavelmente veremos números significativos de casos em Porto Rico e em outros territórios dos EUA", disse Frieden ao subcomitê de Relações Exteriores da Câmara de Deputados dos Estados Unidos que tratou sobre o Zika.
Ele também disse aos integrantes do colegiado que o CDC "vai precisar de recursos adicionais" para fazer o trabalho necessário para reduzir os riscos do Zika vírus.
(Reportagem de Bill Berkrot e Toni Clarke)