WASHINGTON (Reuters) - A ativista queniana Auma Obama, meia-irmã do ex-presidente dos Estados Unidos Barack Obama, estava entre manifestantes atingidos por gás lacrimogêneo nesta terça-feira durante manifestações em frente ao Parlamento do Quênia, em Nairóbi, disse ela em entrevista à CNN.
A polícia abriu fogo contra manifestantes que tentavam invadir o Parlamento depois da aprovação de uma lei para aumentar impostos, em episódio que deixou pelo menos cinco manifestantes mortos, dezenas de feridos e partes do prédio do Parlamento incendiadas.
Auma Obama foi chamada de lado durante a confusão por um repórter da CNN e questionada por que estava ali.
"Estou aqui porque veja o que está acontecendo. Os jovens quenianos estão se manifestando por seus direitos. Eles estão se manifestando com bandeiras e faixas. Não consigo nem enxergar mais", disse ela, começando a tossir e a proteger os olhos da fumaça que se espalhava.
"Estamos sendo alvo de gás lacrimogêneo", acrescentou.
Um homem atrás dela carregava um cartaz que dizia: "O colonialismo nunca acabou no Quênia", enquanto outro gritava: "Este é o nosso país. Esta é a nossa nação"
Auma Obama já havia postado fotos suas no X durante o protesto.
O escritório do ex-presidente Obama não retornou imediatamente uma ligação pedindo comentários sobre o incidente envolvendo sua irmã e sobre a violência no Quênia.
(Reportagem de Doina Chiacu)