Por Matthew Stock
CANNES, França (Reuters) - Michael Caine, o ator britânico algumas vezes satirizado por representar versões de si mesmo em sua carreira de seis décadas, disse estar irreconhecível no papel mais recente como um maestro de orquestra aposentado.
"O desafio que me colo, e sempre fiz, é 'como posso fazer um personagem que é o mais distante possível de mim?'", disse Caine à Reuters na quinta-feira, após a estreia em Cannes de "Youth", do diretor italiano Paolo Sorrentino.
Caine, de 82 anos, representa um músico que sofre uma crise no final de vida em um fino resort na Suíça. "Neste, um compositor e maestro de música clássica estava mais longe de mim - londrino filho de um funcionário do mercado de peixes de Billingsgate - do que jamais representei", disse.
"Você não me acha nele, você não me vê, você só o vê", acrescentou.
Caine disse que o melhor filme que já fez foi uma adaptação da peça "The Dresser", de Ronald Harwood. "Era muito amigo de Orson Welles, e havia uma história, uma peça inglesa chamada 'The Dresser' sobre um velho ator e seu costureiro homossexual.
"The Dresser" está sendo refeito por Anthony Hopkins e Ian McKellen. 2015-05-22T132613Z_1006900001_LYNXMPEB4L0N7_RTROPTP_1_CULTURA-FILME-MICHAELCAINE-IRRECONHECIVEL.JPG