Por Tiemoko Diallo
BAMAKO (Reuters) - Uma milícia pró-governo no Mali disse nesta segunda-feira que matou 20 separatistas em três dias de combates, o que, segundo a missão de manutenção de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), minou os esforços para pacificar a região norte do país.
Os combates ocorreram enquanto o vizinho Níger prepara para realizar negociações de paz na quarta-feira entre o grupo pró-governo Platform, que inclui a milícia Gatia, e a Coordenação de Movimentos Azawad (CMA), dominada pelos tuaregues.
As conversas são destinadas a restaurar um acordo de paz assinado em junho, com o qual o governo espera que permita que o Exército do Mali se concentre no combate a grupos islâmicos.
"A luta acabou agora em todas as três frentes. A CMA perdeu em todos os lugares e teve 20 mortos. Não havia nada do nosso lado. Todas as mortes foram por nada", disse o secretário-geral da milícia Gatia, Fahad Ag Almahamoud, à Reuters.
A CMA, que ainda tem que confirmar que vai participar das negociações, disse que perdeu apenas dois combatentes nos últimos confrontos.
A CMA também disse que informou à missão de paz da ONU no Mali, conhecida como Minusma, que o grupo Platform havia provocado os combates nas zonas que a CMA controla.
"O Plataform quer semear a desordem. Acreditamos que ninguém é o vencedor dos confrontos", disse o porta-voz da CMA, Almou Ag Mohamed, acrescentando que o Platform perdeu muitos combatentes e que suas forças haviam perdido dois, um dos quais fora provavelmente capturado.
(Reportagem adicional de Souleymane Ag Anara e Abdoulaye Massalaki, em Niamey; de Souleymane Ag Anara, em Kidal; e de Matthew Mpoke Bigg, em Accra)