Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - O ministro mais sênior do governo da primeira-ministra Theresa May negou uma acusação de que a polícia teria encontrado pornografia em um de seus computadores no Palácio de Westminster, em 2008, enquanto o governo britânico luta para conter um escândalo sobre o assédio sexual.
O primeiro secretário de Estado, Damian Green, afirmou que as acusações de um ex-policial publicadas neste domingo em um jornal eram "completamente falsas".
"Essa história é completamente falsa e vem de uma fonte contaminada e não confiável", disse Green em publicação no Twitter. As acusações equivalem a "pouco mais que um assassinato de caráter sem escrúpulos", acrescentou.
O jornal Sunday Times publicou em sua primeira página que o ex-comissário da Polícia Metropolitana, Bob Quick, alegou que o material foi descoberto pelos oficiais durante uma investigação sobre vazamentos do governo em 2008.
Quick, que estava envolvido na investigação, disse ao jornal que os oficiais haviam encontrado materiais de pornografia "extrema" em um computador do escritório parlamentar de Green.
As acusações envolvendo um dos aliados mais próximos de May podem aprofundar um crescente escândalo de assédio sexual que levou o ministro de Defesa do país, Michael Fallon, a se demitir na quarta-feira passada.
Fallon disse que seu comportamento "ficou aquém" dos padrões esperados pelo exército britânico.
O escândalo vem ganhando força num momento em que o governo minoritário de Theresa May já luta com divisões sobre a saída da Grã-Bretanha da União Europeia.
((Tradução Redação São Paulo; 55 11 56447553))
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