LONDRES (Reuters) - Seu Exército sofreu três retiradas humilhantes na Ucrânia no ano passado e quase 200.000 de seus homens foram mortos ou feridos, segundo autoridades norte-americanas, mas o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, ainda está no cargo graças ao presidente russo, Vladimir Putin.
O líder russo tem várias razões para manter Shoigu, de 67 anos, no cargo, de acordo com autoridades ocidentais, observadores veteranos do Kremlin e ex-comandantes militares ocidentais: ele é ultra leal, ajudou Putin a se tornar presidente, e a tomada de decisões sobre a Ucrânia não é exclusiva dele.
"A lealdade sempre supera a competência no círculo interno de Putin", disse Andrew Weiss, um especialista em Putin no think-tank Carnegie Endowment que já ocupou vários cargos políticos no Conselho de Segurança Nacional dos EUA e escreveu um livro sobre Putin.
Putin admitiu publicamente que acha difícil demitir pessoas e geralmente lida com essas questões de forma pessoal, disse Weiss.
"Várias pessoas em posições de alto escalão, cujo desempenho no trabalho deixa muito a desejar, incluindo Shoigu, se beneficiam desse lado sentimental subestimado da personalidade (de Putin)", disse ele.
(Reportagem adicional de Phil Stewart em Washington, Mark Trevelyan em Londres e John Irish em Paris)