Por Matthias Williams e Alexander Tanas
KIEV/CHISINAU (Reuters) - A Moldávia convocou seu embaixador na Rússia para consultas em reação ao assédio e à intimidação de autoridades russas a políticos e funcionários de seu país, disse o Ministério das Relações Exteriores moldávio nesta segunda-feira.
A Moldávia e a Rússia se envolveram em uma série de atritos neste ano, incluindo expulsões recíprocas de diplomatas em maio e o fato de a Moldávia ter declarado o vice-primeiro-ministro russo persona non grata em agosto.
O governo de Chisinau alega que seus funcionários estão sendo maltratados em parte para impedir uma investigação moldávia sobre uma suposta operação de lavagem de dinheiro liderada pela Rússia. Já Moscou acusou a Moldávia de "algumas ações abertamente antirussas".
Ao anunciar a convocação do embaixador, a chancelaria moldávia disse em um comunicado publicado em seu site: "Buscaremos maneiras de superar a situação atual para que no futuro tais ações sejam evitadas, o que pode prejudicar as relações moldávio-russas, que o lado moldávio quer que sejam amistosas, confiantes e baseadas no respeito mútuo".
A ex-soviética Moldávia está politicamente dividida entre um governo pró-ocidental, que favorece uma integração maior com a União Europeia, e o presidente Igor Dodon, apoiado por Moscou.
Em dezembro o líder do partido governista da Moldávia, Vlad Plahotniuc, acusou autoridades russas de assediá-lo, assim como outros funcionários, com dezenas de processos falsos com a intenção de colocá-lo em listas internacionais de indivíduos vigiados pelas forças da lei.