CAIRO (Reuters) - O ex-presidente egípcio Hosni Mubarak terá de enfrentar um segundo e último julgamento sobre a morte de manifestantes durante a revolta 2011 que pôs fim a seu governo de 30 anos, determinou uma alta corte do Egito nesta quinta-feira.
Mubarak, de 87 anos, foi originalmente condenado à prisão perpétua em 2012 por conspirar para assassinar 239 manifestantes, semeando o caos e o vazio na segurança do país durante a revolta de 18 dias, mas um tribunal de apelações ordenou um novo julgamento.
No novo julgamento uma corte egípcia derrubou a acusação contra Mubarak, mas o Ministério Público recorreu da decisão.
Nesta quinta-feira o juiz Anwar Gabri aceitou o recurso do Ministério Público e determinou que Mubarak seja julgado novamente em 5 de novembro pelo tribunal superior. Ele não estava presente no tribunal.
A decisão foi tida como uma rara vitória dos opositores de Mubarak, que consideram que ele vem sendo tratado de modo muito brando pela Justiça.
Centenas de pessoas morreram quando forças de segurança entraram em confronto com manifestantes nas semanas antes de Mubarak ser destituído do poder.
(Por Mahmoud Mourad)