BUENOS AIRES (Reuters) - Uma multidão se reuniu nesta quarta-feira na capital da Argentina para exigir soluções à violência contra as mulheres e dar maior visibilidade a um problema que está arraigado na região.
Exibindo cartazes em frente ao Congresso em Buenos Aires, milhares de pessoas exigiram a aplicação de penas mais severas aos assassinatos oriundos da violência contra as mulheres e outras formas de agressões de gênero.
O protesto, organizado pelas redes sociais, também ocorreu em outras cidades da Argentina e no Uruguai. Alguns manifestantes mostraram cartazes com nomes e fotos de vítimas e exigiram igualdade.
A convocação atraiu apoio de artistas, políticos e instituições locais e, inclusive, um comentário da presidente, Cristina Kirchner.
"Não é só um problema judicial ou policial. Estamos diante de uma cultura devastadora do feminino", escreveu a mandatária em sua conta no Twitter. Ela deixará o cargo neste ano após o segundo mandato consecutivo.
Nos últimos meses, vários casos de jovens assassinadas foram manchetes de jornais, o que levantou o debate sobre um problema sobre o qual não há estatísticas claras, já que os únicos dados oficiais são elaborados com base em reportagens.
Segundo a organização de direitos das mulheres Casa del Encuentro, foram registrados no país 277 assassinatos como resultado de violência contra mulheres em 2014. De acordo com a média dos últimos anos, há um novo caso a cada 31 horas.
(Reportagem de Magali Cervantes) 2015-06-03T234710Z_1006940001_LYNXMPEB521BL_RTROPTP_1_MUNDO-ARGENTINA-PROTESTO-MULHER.JPG