CIDADE DO MÉXICO (Reuters) - Com uma nova equipe de investigação, uso de drones e satélites, o governo mexicano fechou um acordo com especialistas da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) para retomar um plano de busca de 43 estudantes que teriam sido massacrados no sul do país no ano passado.
Em setembro, o chamado Grupo Interdisciplinar de Especialistas Independentes (GIEI), nomeado pela CIDH, rejeitou num extenso relatório a versão oficial de que os alunos de magistério foram assassinados e queimados num aterro sanitário.
Além disso, destacou graves falhas nas pesquisas feitas para esclarecer o caso, ocorrido em setembro do ano passado e que abalou o governo de Enrique Peña Nieto, pondo em evidência o alto grau de cumplicidade entre autoridades e grupos do crime organizado.
"Haverá uma nova equipe de trabalho para retomar a investigação", prometeu o subprocurador de Direitos Humanos da Procuradoria-Geral da República, Eber Betanzos, em audiência pública na sede da CIDH, em Washington.
Os especialistas e o governo mexicano assinaram um acordo na segunda-feira, divulgado um dia depois e que contempla o uso de tecnologia de satélites, drones terrestres e aquáticos para procurar os jovens por diferentes vias, incluindo valas clandestinas.
(Reportagem de Lizbeth Díaz)