Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca engrossou o coro de alguns republicanos ao criticar o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, nesta segunda-feira, por jantar com o supremacista branco Nick Fuentes, dizendo que não há lugar nos Estados Unidos para "forças vis" como o racismo, o fanatismo e o antissemitismo.
A secretária de Imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse a repórteres que não comentaria todas as ações de Trump, que este mês disse que concorreria à Presidência dos EUA novamente, mas que é fundamental condenar tal comportamento em "termos realmente absolutos".
"Simplesmente não há lugar para esses tipos de forças vis em nossa sociedade", disse ela a repórteres. "Quando você diz coisas como esta, quando você não fala contra esses tipos de comentários venenosos e perigosos... isso também é incrivelmente perigoso por si só."
Trump disse que o encontro em sua residência de Mar-A-Lago, na Flórida, foi inadvertido, mas atraiu raras críticas de colegas republicanos, entre eles do governador republicano do Arkansas, Asa Hutchinson, que acusou Trump de fortalecer o extremismo.
No início deste mês, Trump disse que planeja buscar a nomeação republicana para concorrer à Casa Branca novamente em 2024, embora possa enfrentar adversários nessa candidatura, incluindo o governador da Flórida, Ron DeSantis.
Fuentes foi descrito como um supremacista branco pelo Departamento de Justiça dos EUA e compareceu ao comício de 6 de janeiro de 2021 em Washington que precedeu o ataque ao Capitólio por apoiadores de Trump. A Liga Antidifamação disse que Fuentes uma vez "'de brincadeira' negou o Holocausto e comparou judeus queimados em campos de concentração a biscoitos no forno'".
A Casa Branca já havia criticado Trump no domingo, dizendo em um comunicado que "a intolerância, o ódio e o anti-semitismo não têm absolutamente lugar na América -- inclusive em Mar-A-Lago".