JERUSALÉM (Reuters) - Nazaré, a cidade árabe-israelense onde Jesus teria crescido, realizará o Natal normalmente, disse o seu prefeito, negando que as festividades seriam reduzidas em protesto à decisão dos Estados Unidos de reconhecer Jerusalém como capital de Israel.
Na quarta-feira, um porta-voz da cidade disse que haveria cortes nas comemorações em protesto contra a decisão de Donald Trump, que irritou palestinos e aliados dos EUA no Oriente Médio e no resto do mundo.
O prefeito Ali Salam disse à Reuters, neste sábado, que três cantores que realizariam shows não comparecerão. Ele não deu motivo para as ausências, mas disse que as celebrações ocorrerão normalmente.
"Não sei por que as pessoas acharam que haveria cortes nas celebrações. Tudo, com exceção dos três cantores, acontecerá normalmente. Nós já recebemos 60.000 pessoas na cidade hoje (sábado)", disse Salam.
Nazaré, a maior cidade árabe de Israel, com população de 76.000 muçulmanos e cristãos, é um dos pontos focais na Terra Sagrada das festividades do Natal, que começam oficialmente na noite de sábado.
A imponente Basílica da Anunciação de Nazaré foi construída no local onde muitos cristãos acreditam que foi a casa de infância da mãe de Jesus, Maria.