Por Krishna N. Das e Neha Arora
NOVA DÉLHI (Reuters) - A Índia disse nesta terça-feira que versões do coronavírus que sofreram mutações não são responsáveis por uma disparada de casos em dois Estados, um possível alívio para um país onde o uso de máscaras e o distanciamento social praticamente desapareceram.
Maharashtra, no oeste, e Kerala, no sul, representam 75% dos cerca de 147 mil casos ativos atuais da Índia, e os dois Estados testemunharam um aumento súbito de infecções novas nos últimos dias, o que provocou apelos por uma distribuição mais rápida de vacinas.
O país relatou mais de 11 milhões de casos, só ficando atrás dos Estados Unidos, e cerca de 156 mil mortes. As infecções se aproximam de 300 milhões em uma população de 1,35 bilhão de habitantes, de acordo com um estudo aleatório de anticorpos realizado pelo governo.
Uma autoridade de governo graduada confirmou a presença de longa data de duas mutações – N440K e E484Q – nestes dois Estados, com em outras partes do país e no exterior. Autoridades também descobriram a variante britânica em 187 pessoas na Índia, a variante sul-africana em seis e um caso da variante brasileira.
"Hoje não há motivos para acreditarmos, com base nas informações científicas, que estas são responsáveis pela disparada do surto", disse Vinod Kumar Paul, que comanda um comitê de vacinas do governo, em uma coletiva de imprensa.
Ainda nesta terça-feira, o governo pediu a cinco Estados, incluindo Maharashtra e Punjab, que acelerem a vacinação de seus profissionais de saúde e da linha de frente à luz do aumento de casos, de acordo com cartas compartilhadas pelo Ministério da Saúde.