MUMBAI (Reuters) - A Índia rejeitou nesta terça-feira as objeções da China à visita do primeiro-ministro Narendra Modi a Arunachal Pradesh no fim de semana, dizendo que o Estado fronteiriço no nordeste sempre foi "uma parte integral e inalienável da Índia".
Os comentários do Ministério das Relações Exteriores indiano foram feitos um dia depois que o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Wang Wenbin, disse que Pequim se opõe firmemente às atividades de Modi na região e apresentou um protesto diplomático à Índia.
Modi visitou Arunachal Pradesh no sábado para inaugurar projetos de infraestrutura, incluindo um túnel que fornecerá mobilidade à área de fronteira de Tawang.
Espera-se que o túnel garanta uma movimentação mais rápida e suave das tropas na região da fronteira.
A China afirma que Arunachal Pradesh faz parte do sul do Tibete. Nova Délhi rejeita a reivindicação, dizendo que o local sempre fez parte da Índia.
"Os líderes indianos visitam Arunachal Pradesh de tempos em tempos, assim como visitam outros Estados da Índia. A objeção a essas visitas ou aos projetos de desenvolvimento da Índia não tem razão de ser", disse Randhir Jaiswal, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Índia.
"Além disso, isso não mudará a realidade de que o Estado de Arunachal Pradesh foi, é e sempre será uma parte integral e inalienável da Índia."
Os vizinhos compartilham uma fronteira de 3.000 km, sendo grande parte dela mal demarcada. Pelo menos 20 soldados indianos e quatro chineses foram mortos em 2020 em confrontos ao longo da fronteira no oeste do Himalaia.
Ambos os Exércitos têm fortificado posições e enviado tropas e equipamentos adicionais ao longo da fronteira desde então.
(Por Sudipto Ganguly)