AMSTERDÃ (Reuters) - A Nicarágua protocolou um pedido na Corte Internacional de Justiça (CIJ) para se juntar à África do Sul no seu caso de genocídio contra Israel, informou o tribunal nesta quinta-feira.
A corte afirmou em comunicado que a Nicarágua considera que a conduta de Israel é uma “violação de suas obrigações pela Convenção do Genocídio”.
África do Sul e Israel foram instadas a apresentar considerações por escrito em relação ao pleito da Nicarágua, para poderem intervir como partes interessadas na ação. Historicamente, pedidos como o do país da América Central raramente são concedidos pelo tribunal.
Vários outros países indicaram que têm interesse em participar da ação sobre o suposto genocídio na Faixa de Gaza, mas nenhum o fez formalmente, como a Nicarágua.
Em dezembro de 2023, a África do Sul protocolou uma ação de genocídio contra Israel, declarando que a nação está descumprindo as suas obrigações sob a Convenção do Genocídio de 1948 na guerra contra o grupo palestino Hamas, na Faixa de Gaza.
No mês passado, a CIJ ordenou que Israel impeça atos de genocídio contra os palestinos e faça mais para ajudar a população civil, embora não tenha pedido oficialmente o cessar-fogo requisitado pelos sul-africanos.
(Reportagem de Stephanie van den Berg e Charlotte Van Campenhout)