Por Elaine Lies
TÓQUIO (Reuters) - A decisão sobre quais e quantos novos esportes serão acrescentados à Olimpíada de Tóquio de 2020 será tomada no ano que vem, pouco antes dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, afirmou o vice-presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), John Coates, nesta quinta-feira.
As mudanças aprovadas pelo COI no fim do ano passado permitem à entidade incluir novas modalidades e cortar alguns eventos, uma iniciativa para manter os jogos relevantes para espectadores e patrocinadores. Acredita-se que o beisebol e o softebol, ausentes desde Pequim 2008, são fortes concorrentes a um retorno.
Coates, que está em Tóquio para uma análise dos preparativos para os Jogos de 2020, estabeleceu um cronograma que inclui delinear os critérios de avaliação para os esportes propostos até abril deste ano, e depois levar o tema para uma reunião decisória do COI pouco antes da Olimpíada do Rio, em agosto de 2016.
A decisão levará em consideração fatores como custo, popularidade entre os jovens, quantos países praticam o esporte e um equilíbrio entre os gêneros na modalidade, disse Coates em uma coletiva de imprensa, mas se recusou a afirmar quantos esportes serão selecionados.
"Não posso dizer se será um, dois, três, quatro, que este ou aquele número de eventos será recomendado no fim das contas, porque isso dependerá muito da composição dos eventos", afirmou, enfatizando que isso se somará a mais de 10 mil atletas e entre 304 e 310 eventos já determinados.
"Se houver esportes coletivos envolvidos, haverá mais atletas envolvidos. Se não houver esportes coletivos envolvidos, poderia haver uma combinação de outros esportes. Não queremos descartar nenhuma combinação".
Além de beisebol e softebol, populares no Japão, caratê e squash foram mencionados na mídia japonesa como candidatos em potencial à inclusão no programa olímpicos. Representantes do bilhar e da sinuca disseram no mês passado que também querem uma vaga em 2020.
Coates afirmou que o COI está satisfeito com o progresso de Tóquio nos preparativos para os Jogos, mas que uma série de instalações ainda está sendo planejada e que se está dando atenção especial aos custos, o que se alinha com as reformas realizadas no ano passado a mando do presidente do COI, Thomas Bach.
Tóquio venceu a disputa da sede olímpica contra Madri e Istambul prometendo jogos seguros e compactos, mas a ênfase em baixar os gastos levou o COI a incentivar o uso de algumas instalações já existentes, mesmo que estejam mais distantes. 2015-02-05T142442Z_1006920002_LYNXMPEB140PH_RTROPTP_1_ESPORTES-OLIMP-TOQUIO2020-MODALIDADES.JPG