Por Marco Garcia e Mike Blake
MAALAEA, HAVAÍ (Reuters) - O número de mortos devido aos incêndios na ilha havaiana de Maui subiu para 80 na sexta-feira, enquanto equipes de resgate realizam buscas em Lahaina e autoridades tentam entender como o fogo se espalhou tão rapidamente pela cidade histórica. Autoridades alertaram que as equipes com cães farejadores ainda podem encontrar mais mortos em decorrência dos incêndios, que atingiram mil edifícios e deixaram milhares de pessoas desabrigadas. Os esforços de reconstrução são estimados em bilhões de dólares e devem demorar anos. “Ninguém entrou em qualquer uma dessas estruturas que estão queimadas, e é por isso que prevemos um aumento significativo no número de mortos”, disse à emissora MSNBC o senador norte-americano pelo Havaí Brian Schatz. O incêndio em Lahaina se transferiu das áreas florestais para a região urbana e ainda pode ser visto, mas está 85% controlado, de acordo com informações do condado de Maui. Outros dois incêndios na região tinham 80% e 50% de contenção. Três dias após o desastre, ainda não se sabe se alguns moradores receberam alertas antes que os incêndios chegassem a suas casas.
“Eu estabeleci uma investigação completa nesta manhã para descobrir exatamente o que aconteceu e quando”, afirmou à CNN o governador do Havaí, Josh Green, referindo-se ao sistema de sirenes da ilha. O desastre começou na terça-feira, quando um incêndio florestal foi reportado na cidade de Kula, a 56 quilômetros de Lahania. (Reportagem de Marco Garcia e Mike Blake; reportagem adicional de Brendan O'Brien, Jonathan Allen, Rich McKay, Andrew Hay, Daniel Trotta, Dan Whitcomb, Doyinsola Oladipo e Shivani Tanna)