Por Gabriela Baczynska
BRUXELAS (Reuters) - A Alemanha não identificou uma queda no número de pessoas que chegam e buscam asilo no país, apesar dos esforços da União Europeia em confrontar a crise migratória, disse o vice-ministro do Interior nesta quarta-feira, culpando a falta de controle nas fronteiras europeias.
Mais de 1 milhão de pessoas que fugiram do Oriente Médio e África chegaram à Europa em 2015. A Dinamarca iniciou 2016 impondo controles em suas fronteiras nesta semana, fazendo com que a UE convidasse Alemanha, Dinamarca e Suécia para um encontro em Bruxelas.
A Alemanha foi um dos países membros da UE mais afetados. Fontes em Berlim disseram nesta quarta-feira que o país registrou cerca de 1,09 milhão de pessoas que buscaram asilo no ano passado.
"Tivemos um fluxo médio de 3.200 refugiados por dia chegando à Alemanha, e o número não está caindo nos dias recentes", disse Ole Schroeder, vice-ministro alemão, durante encontro em Bruxelas.
"Nosso problema no momento na Europa é que não temos um sistema de controle funcional na fronteira, especialmente na fronteira entre Grécia e Turquia", afirmou.
A União Europeia conta com a Turquia para ajudar na redução do número de imigrantes que entram no bloco após um acordo entre Bruxelas e Ancara no ano passado, pelo qual a Turquia receba mais pessoas que fogem da guerra civil síria.
Schroeder falava após encontro com o chefe de migração da UE, Dimitris Avramopoulos, e autoridades dinamarquesas e suecas para discutir controles fronteiriços temporários, após implementação de pontos de checagem na fronteira dinamarquesa, que levantou novas preocupações sobre a durabilidade da área Schengen, onde não há necessidade de passaportes.
A Alemanha, Dinamarca e Suécia informaram que querem proteger a zona Schengen, mas que controles efetivos nas fronteiras externas da Europa, assim como outras medidas, são necessárias.