Por Jeff Mason
RANCHO MIRAGE, Califórnia (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu na terça-feira escolher um nome de valor incontestável para a Suprema Corte e repreendeu os republicanos que controlam o Senado por ameaçarem impedi-lo de preencher a vaga.
Obama disse aos senadores que tem a tarefa constitucional de indicar um novo juiz depois da morte do conservador Antonin Scalia no sábado, e os lembrou de sua obrigação constitucional de "fazer seu trabalho" e votarem pela aprovação ou rejeição de seu indicado.
O líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, disse que o posto da mais alta instância jurídica da nação deveria permanecer desocupado até que o sucessor de Obama assuma, em janeiro, para que os eleitores opinem na seleção quando forem às urnas para a eleição presidencial de 8 de novembro.
"Acho divertido quando ouço pessoas que se dizem intérpretes rígidas da Constituição de repente verem ali toda uma série de provisões que não estão ali", disse Obama.
"A Constituição é bastante clara a respeito do que deve acontecer agora", acrescentou o presidente, ex-professor de direito constitucional, em uma coletiva de imprensa ao final da cúpula de dois dias da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean).
O indicado de Obama pode alterar o equilíbrio de poder na corte, que tinha cinco conservadores e quatro liberais antes da morte de Scalia.
O presidente disse compreender que há muito em jogo para senadores republicanos que estão sob pressão para votar contra seu indicado ao cargo vitalício, que em tese teria o voto decisivo em casos nos quais os juízes ficam divididos.
(Reportagem adicional de Lawrence Hurley, Richard Cowan, Ayesha Rascoe, Julia Edwards e Doina Chiacu)