WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira às comunidades muçulmanas norte-americanas que façam mais para combater o que ele chamou de "extremismo violento" durante uma cúpula de três dias na Casa Branca sobre o assunto.
Críticos acusaram a Casa Branca de evitar relacionar o extremismo ao Islã, após os atentados cometidos por militantes islâmicos em Paris (França) e Copenhague (Dinamarca) recentemente.
"Os líderes muçulmanos precisam fazer mais para desmontar a crença de que nossas nações estão determinadas a suprimir o Islã", disse Obama, referindo-se à narrativa dos militantes islâmicos de que países ocidentais mantêm uma guerra contra o Islã.
Obama disse que os jovens muçulmanos são particularmente suscetíveis à propaganda extremista, que poderia incitá-los a aderir ao Estado Islâmico na Síria ou a realizar ataques dentro do país.
Cerca de 150 norte-americanos têm tentado viajar para a Síria para lutar com os militantes islâmicos, afirmaram funcionários de inteligência dos EUA em depoimento ao Congresso na semana passada.
O secretário de Segurança Interna, Jeh Johnson, começou a visitar comunidades muçulmanas em todo o país em junho do ano passado para alertá-las sobre os comportamentos a serem observados em jovens com potencial para se radicalizar.
(Reportagem de Julia Edwards)