Por Patricia Zengerle
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviou ao Congresso nesta quarta-feira um pedido de autorização para uso da força militar na campanha contra o Estado Islâmico, com operações limitadas a três anos e impedindo que as tropas norte-americanas fiquem travadas em "duradouro combate ofensivo no terreno" contra os militantes.
De acordo com o texto, Obama também quer revogar a medida de 2002 que autorizou a guerra no Iraque, mas sua proposta mantém em vigor uma autorização de 2001, aprovada pouco depois dos ataques de 11 de Setembro, para uma campanha contra a Al Qaeda e suas afiliadas.
Obama disse que permanece comprometido em trabalhar com o Congresso para "aperfeiçoar e, em última análise, revogar" a autorização de 2001. Ele disse que autorizar uma medida específica para enfrentar os combatentes do Estado Islâmico serviria como modelo para remodelar a medida de 2001.
"Direcionei uma estratégia completa e sustentada para degradar e derrotar o Isil", escreveu Obama em uma carta acompanhando o pedido, usando a sigla pela qual o Estado Islâmico é descrito nos EUA.
"Forças locais, em vez de forças militares dos EUA, devem ser enviadas para conduzir tais operações", acrescentou.
O pedido de Obama precisa ser aprovado pelo Senado e pela Câmara dos Deputados, onde deve provocar um intenso debate entre os democratas, que normalmente se posicionam contra uma nova guerra no Oriente Médio, e os republicanos, muitos dos quais têm feito pressão por uma campanha mais firme contra os militantes.