Por Patricia Zengerle e Jeff Mason
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, visitará Cuba nas próximas semanas, disse um funcionário do alto escalão do governo norte-americano na quarta-feira, no que será uma viagem histórica no último ano de sua Presidência e marcará uma guinada nas relações dos EUA com o ex-inimigo da Guerra Fria.
A Casa Branca planeja anunciar a visita nesta quinta-feira. A parada em Cuba será parte de uma viagem mais ampla pela América Latina.
A visita de Obama a Havana irá coroar o que autoridades dos EUA veem como um dos legados de sua política externa: a normalização do relacionamento com Cuba e a adoção de medidas para expandir as relações comerciais após um congelamento de 54 anos.
Obama e o presidente cubano, Raúl Castro, surpreenderam o mundo em dezembro de 2014 ao anunciarem que os ex-adversários iriam começar a normalizar as relações.
A maioria republicana do Congresso norte-americano desafiou o pedido de Obama para anular o embargo de cinco décadas, por isso o mandatário recorreu a decretos executivos para relaxar as restrições de comércio e viagem.
Os pré-candidatos presidenciais republicanos Marco Rubio e Ted Cruz, ambos filhos de imigrantes cubanos, vêm criticando duramente a abertura de Obama para Cuba sem a contrapartida de uma mudança política na ilha comunista.
Uma visita de Obama a Havana no final de março coincidiria com a finalização do acordo de paz entre a Colômbia e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que foi encorajado e patrocinado por Raúl Castro.
(Reportagem adicional de Kevin Krolicki, Matt Spetalnick e Steve Holland)