Por Stephanie Nebehay e Josh Smith
GENEBRA/SEUL (Reuters) - A Organização Mundial da Saúde (OMS) disse nesta quarta-feira que não tem indícios de que o novo coronavírus tenha se proliferado na Coreia do Norte depois de a mídia sul-coreana insinuar que houve casos e mortes no vizinho que estão sendo acobertados pelas autoridades de Pyongyang.
Um surto da doença que já matou mais de duas mil pessoas na China poderia ser devastador para o sistema de saúde da Coreia do Norte. Agências de assistência pediram exceções nas sanções comerciais internacionais para facilitar, caso necessário, uma ajuda para Pyongyang combater a doença.
"No momento não há sinais, não há indícios de que estejamos lidando com nenhum COVID-19 lá", disse o doutor Mike Ryan, chefe do programa de emergências da OMS, em uma coletiva de imprensa em Genebra na terça-feira.
O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, disse que a Coreia do Norte relatou ter examinado quase 3.700 viajantes que entraram no país durante um período de seis semanas encerrado em 9 de fevereiro. Citando o Ministério da Saúde norte-coreano, ele disse que 141 viajantes com febre foram examinados e que nenhum foi diagnosticado com o vírus.
Autoridades da Coreia do Norte e da OMS devem se reunir em Genebra para debater a prontidão de uma reação. Jasarevic disse que a OMS fornecerá suprimentos à nação, inclusive reagentes de laboratório para exames e equipamento de proteção, como óculos, luvas, máscaras e jalecos para agentes de saúde.