Por Chang-Ran Kim e Elaine Lies
TÓQUIO (Reuters) - As temperaturas chegaram à marca recorde de 41,1 graus Celsius em uma cidade ao noroeste de Tóquio nesta segunda-feira, e uma onda de calor que matou ao menos 23 pessoas e enviou milhares aos hospitais no Japão não deu sinais evidentes de enfraquecimento.
A temperatura foi registrada em Kumagaya, na região administrativa de Saitama, superando o recorde anterior de 41 graus registrado em Kochi, região administrativa do oeste, em agosto de 2013, disse a Agência Meteorológica do Japão.
A antiguidade dos registros varia de cidade para cidade – em Kumagaya eles tiveram início em 1896.
O Japão vem sendo assolado por um calor intenso há quase uma quinzena, mas os termômetros voltaram a subir nesta segunda-feira, ultrapassando os 40 graus em uma parte da grande área metropolitana de Tóquio, e o centro da capital registrou 39 graus no início da tarde local.
Segundo a Agência de Defesa e Gerenciamento de Incêndios, que publica dados semanais, 12 pessoas morreram devido ao calor até 15 de julho, os números mais recentes disponíveis. Reportagens dizem que ao menos mais 11 morreram só no último sábado e que milhares foram hospitalizadas.
Entre os mortos está um aluno do ensino fundamental que desmaiou depois de um passeio a um parque localizado a 20 minutos de caminhada da escola.
As temperaturas na antiga capital Kyoto bateram um recorde na semana passada ao superarem os 38o durante sete dias seguidos e chegar a 39,8 graus em 19 de julho, o que levou a cidade a cancelar um de seus maiores eventos turísticos anuais, o festival de Gion Matsuri, no sábado.