TRÍPOLI (Reuters) - Um cessar-fogo entre facções armadas que disputam a capital da Líbia foi firmado há mais de uma semana, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira, mas não ficou claro como ele será implantado.
Dezenas de pessoas morreram nos combates que engolfaram Trípoli enquanto grupos armados rivais lutam por poder e dinheiro em meio ao caos que persiste no país produtor de petróleo desde a deposição de Muammar Gaddafi de 2011.
"Um acordo de cessar-fogo foi obtido e assinado hoje para encerrar todas as hostilidades, proteger civis, salvaguardar propriedades públicas e privadas", disse a Unsmil, a missão da ONU na Líbia, no Twitter (NYSE:TWTR).
Fechado desde sexta-feira, o aeroporto Trípoli Matiga também será reaberto graças ao acordo, disse a ONU, que mostrou fotos da reunião presidida por seu enviado especial, Ghassan Salamé, sem dar detalhes de imediato.
Não ficou claro como a trégua será adotada, já que as milícias ignoraram clamores anteriores do governo apoiado pela ONU, que é essencialmente simbólico, para depor as armas.
Não existe polícia, Exército ou Estado funcional para garantir a paz em um país controlado por grupos armados que desafiam a autoridade e formam alianças flexíveis.
"O dia de hoje não almeja resolver todos os problemas de segurança da capital da Líbia; ele pretende acordar uma estrutura mais ampla para que se comece a abordar as questões", disse Salamé, segundo a Unsmil.