CARACAS (Reuters) - Líderes de oposição da Venezuela condenaram nesta sexta-feira a decisão da Justiça do país que proibiu sua coalizão de concorrer nas próximas eleições presidenciais, descrevendo a medida como uma manobra do governo do presidente Nicolás Maduro para manipular a votação a seu favor.
A decisão da Suprema Corte venezuelana, pró-governo, de impedir a coalizão de se registrar na eleição representa mais um obstáculo para a oposição.
A votação deve acontecer até o dia 30 de abril, entretanto, os principais líderes da oposição, Leopoldo López e Henrique Capriles, estão proibidos de concorrer.
Críticos dizem que Maduro está privando a Venezuela de uma eleição livre e justa durante um período de crise econômica sem precedentes.
"Isso demonstra o medo que Maduro sente da população", disse o parlamentar de oposição Stalin González, na quinta-feira.
A comunidade internacional também está colocando pressão no governo. Os Estados Unidos disseram nesta semana que a eleição irá "aprofundar, não ajudar a resolver, as tensões nacionais", e o vice-presidente norte-americano, Mike Pence, chamou Maduro de "ditador".
(Reportagem de Vivian Sequera, Corina Pons e Andreina Aponte)