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Oposição da Venezuela negociou com empresa de segurança dos EUA plano para derrubar Maduro, diz reportagem

Publicado 07.05.2020, 18:09
Atualizado 07.05.2020, 18:10
© Reuters. .

CARACAS, (Reuters) - Membros da oposição da Venezuela negociaram em outubro um acordo de 213 milhões de dólares com uma pequena companhia de segurança da Flórida para invadir o país sul-americano e derrubar seu presidente, Nicolás Maduro, segundo um documento publicado nesta quinta-feira pelo jornal Washington Post. 

As autoridades venezuelanas detiveram nos últimos dias mais de uma dezena de pessoas, incluindo dois norte-americanos que trabalham para a empresa Silvercorp, com sede na Flórida, depois de uma incursão fracassada que serviu como vitória de relações públicas para o governo de Maduro. 

O documento atinge a credibilidade do líder de oposição Juan Guaidó, que negou qualquer vínculo com a Silvercorp ou qualquer participação no episódio. 

Guaidó, presidente da Assembleia Nacional venezuelana, dominada pela oposição, argumenta que Maduro está usurpando o poder após manipular as eleições de 2018. O líder é reconhecido por dezenas de países como o presidente legítimo da Venezuela. 

O plano descrito em um documento de 42 páginas e publicado pelo jornal oferece detalhes minuciosos como o tipo de minas terrestres teriam de ser utilizadas e quais tipos de equipamentos antidistúrbios seriam usados, mas não dá explicações sobre como um pequeno grupo de soldados poderia dominar centenas de milhares de agentes de Segurança que continuam leais ao Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV). 

"O grupo de prestadores de serviços irá assessorar e ajudar o grupo de sócios no planejamento, execução e operação para capturar/deter/eliminar Nicolás Maduro (adiante 'Objetivo principal'), eliminar o regime atual e instalar o reconhecido presidente venezuelano Juan Guaidó", diz o documento, que não pode ter sua autenticidade confirmada pela Reuters. 

O Washington Post informou que o acordo de serviços gerais, firmado por Guaidó, tinha sido proporcionado pelo diretor da Silvercorp, Jordan Goudreau, que reconheceu publicamente sua liderança na operação. 

Airan Berry, de 41 anos, um dos norte-americanos detidos na segunda-feira em uma região litorânea central da Venezuela, disse que os objetivos do grupo que realizou a incursão eram o controle da Direção de Contra-Inteligência Militar, do Serviço de Inteligência, do Palácio presidencial de Miraflores e da torre de um aeroporto na capital do país, segundo trechos do interrogatório transmitido nesta quinta-feira no canal estatal de televisão. 

Berry confirmou o que foi dito na quarta-feira por Luke Denman, de 34 anos, o outro norte-americano capturado, e que apareceu na quarta-feira em um vídeo do canal estatal venezuelano dizendo que a Silvercorp havia encomendado a tarefa de controlar o aeroporto para levar Maduro de avião aos Estados Unidos.

A equipe de assessoria de imprensa de Guaidó não respondeu a um pedido de comentários sobre o assunto.

© Reuters. .

Juan Rendón, um assessor de Guaidó cuja assinatura aparece no documento, disse à CNN que firmou um "acordo exploratório" com a Silvercorp, mas que nunca se completou. Acrescentou ainda que a empresa havia lhe dirigido uma missão sem o apoio do líder de oposição.

A Reuters não conseguiu se comunicar de imediato com Rendón para pedir comentário sobre o assunto. 

(Por Brian Ellsworth)

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