Por Marwa Rashad
RIAD(Reuters) - O negociador-chefe da oposição na Síria disse neste domingo estar surpreso com países que estão reconstruindo laços com o governo sírio e pediu que revertam essa decisão.
Países árabes, incluindo alguns que antes apoiaram o levante de rebeldes contra o presidente Bashar al-Assad, estão buscando uma reconciliação com ele após ganhos decisivos de suas forças na guerra, visando expandir sua influência na Síria às custas de Turquia e Irã,
Os Emirados Árabes Unidos reabriram a embaixada em Damasco no mês passado, enquanto o Bahrein disse que sua embaixada na cidade e a missão diplomática síria em Manama operavam "sem interrupção".
"Não temos o poder de interromper a reconciliação", disse Nasr Hariri a repórteres na capital saudita de Riad, onde está baseado. "Ainda esperamos que haja uma possibilidade para (esses países) revistarem suas decisões e perceberem que a relação real e sólida deveria ser com seus irmãos do povo sírio, não com o regime que cometeu todos esses crimes", afirmou.
"Bastar al-Assad seguirá um criminoso de guerra mesmo se milhares de líderes apertarem sua mãe".
Na semana passada, o Kuwait informou que esperava que mais países árabes reabrissem as embaixadas em Damasco nos "próximos dias", embora a medida precisasse de um sinal verde da Liga Árabe.
A participação da Síria na Liga Árabe foi suspensa em 2011, em resposta à violenta repressão do governo aos protestos do movimento que ficou conhecido como "Primavera Árabe". Para a Síria ser reintegrada como membro, a Liga precisa chegar a um consenso.
"Não achamos que seria um passo correto readmitir a Síria na Liga Árabe. Achamos que é uma decisão que não estará no interesse do processo político", afirmou Cariri.
Países do Golfo Árabe aliados aos EUA, especialmente Arábia Saudita e Catar, foram os principais copiadores regionais de grupos armados de oposição a Assada, fornecendo recursos e armas ou ambas.
(Por Az Ela Yaakoub)