Por Andrew Osborn
MOSCOU (Reuters) - O líder opositor Alexei Navalny anunciou nesta quarta-feira uma série de manifestações em toda a Rússia em janeiro para enfatizar seu pedido de boicote à eleição presidencial russa do ano que vem, uma medida que deve provocar uma reação contundente do Kremlin e da polícia.
Navalny revelou seus planos horas depois de o presidente russo, Vladimir Putin, que pesquisas apontam como vencedor certo da reeleição, registrar sua candidatura para a votação de 18 de março na comissão eleitoral central.
Na segunda-feira a comissão determinou que Navalny é inelegível devido a uma pena de prisão suspensa.Um Navalny furioso, que disse que a sentença é um caso fabricado cujo intento é frustrar suas ambições políticas, respondeu pedindo um boicote à eleição – o que levou o Kremlin a exigir uma investigação para descobrir se sua declaração violou a lei.
Nesta quarta-feira o crítico de Putin dobrou a aposta dizendo que, a partir de 28 de janeiro, ele e seus apoiadores organizarão manifestações de âmbito nacional em 85 cidades pequenas e grandes, incluindo Moscou e São Petersburgo, para apoiar seu pedido de boicote.