AMSTERDÃ (Reuters) - O maestro principal da renomada Orquestra Real do Concertgebouw de Amsterdã, Daniele Gatti, foi demitido devido a alegações de assédio sexual, comunicou a orquestra nesta quinta-feira.
As alegações vieram à tona em artigo publicado no dia 26 de julho no jornal Washington Post, no qual cantoras acusaram Gatti de comportamentos sexuais inadequados.
Gatti, que entrou na orquestra em 2016, não pôde ser encontrado de imediato para comentar. Mas, após a reportagem do Washington Post, ele divulgou um pedido de desculpas "a todas as mulheres que conheci em toda a minha vida", especialmente àquelas que acreditam que ele não as tratou com o respeito e a dignidade que merecem.
"Desde a publicação do artigo no Washington Post, várias colegas da Orquestra Real do Concertgebouw relataram experiências com Gatti, que são impróprias considerando sua posição de maestro principal", disse a orquestra em comunicado.
"A Orquestra Real do Concertgebouw encerrou sua cooperação com o maestro principal Daniele Gatti, com efeito imediato".
As acusações "danificaram irreparavelmente o relacionamento de confiança entre a orquestra e o maestro principal", e Gatti será substituído por outros maestros nos próximos concertos, informou a instituição.
(Reportagem de Anthony Deutsch)