Por Adrian Croft e Phil Stewart
BRUXELAS (Reuters) - O chefe da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) alertou nesta quinta-feira sobre o risco da retomada dos combates intensos na Ucrânia, mas disse que não seria prudente declarar que o acordo de cessar-fogo fracassou, apesar das violações frequentes, porque ele continua sendo a melhor esperança de se obter a paz.
Também nesta quinta-feira, os militares ucranianos acusaram os rebeldes pró-Rússia de realizarem ataques com artilharia de longo alcance em vilarejos no leste e disseram que um de seus efetivos foi morto e 12 ficaram feridos em confrontos nas últimas 24 horas.
"O conflito na Ucrânia já custou mais de 6 mil vidas. As violações do cessar-fogo persistem. E ainda há o risco de uma retomada dos combates intensos", afirmou o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, durante uma reunião de ministros da Defesa da Otan e da Ucrânia.
O conflito provocou a pior crise nas relações entre o Ocidente e o Oriente desde a Guerra Fria.
"A Rússia continua a apoiar os separatistas com treinamento, armas e soldados. E tem um grande número de forças posicionadas em sua fronteira com a Ucrânia", declarou.
Moscou nega as afirmações da Otan e dos ucranianos de que tem tropas combatendo na Ucrânia.
(Reportagem adicional de Sabine Siebold)