BRUXELAS (Reuters) - Grã-Bretanha, Alemanha e Estados Unidos levaram adiante nesta terça-feira planos para posicionar uma nova força da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na fronteira com a Rússia a partir do ano que vem, e o presidente russo, Vladimir Putin, ordenou inspeções relâmpago para testar a prontidão de combate de suas Forças Armadas.
Semanas antes de uma cúpula crucial da Otan em Varsóvia, três das maiores potências militares da entidade disseram que cada uma delas irá comandar um batalhão no flanco leste para dissuadir qualquer demonstração de força como aquela exibida por Moscou na então península ucraniana da Crimeia em 2014.
"A Grã-Bretanha irá liderar um dos batalhões", afirmou o secretário da Defesa britânico, Michael Fallon, durante um encontro de ministros da Defesa da Otan, acrescentando que Londres irá enviar até 700 soldados para o Báltico e a Polônia.
"Isso deve mandar uma mensagem muito clara sobre nossa determinação de defender os Estados bálticos e a Polônia perante uma agressão russa contínua", disse.
Como lembrete do empenho da Rússia para fortalecer sua prontidão militar, suas Forças Armadas começaram a realizar inspeções relâmpago em suas unidades, assim como em depósitos de armas e equipamentos.
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, disse que o objetivo do exercício entre os dias 14 e 22 de junho é assegurar a capacidade de seus militares para "realizar atividades planejadas, incluindo mobilizações".
(Por Robin Emmott e Phil Stewart)