Por Robin Emmott
BRUXELAS (Reuters) - Os ministros de Relações Exteriores de países da Otan afirmaram nesta sexta-feira que continuam unidos contra qualquer possível ação militar russa na Ucrânia, e sinalizaram que muitas das demandas de segurança feitas pelo Kremlin são inaceitáveis.
Os 30 ministros realizaram uma videoconferência antes das negociações entre EUA e Rússia em Genebra na segunda-feira, que serão seguidas por uma reunião entre Rússia e Otan em Bruxelas e negociações mais amplas em Viena, por conta das exigências por garantias de segurança feitas por Moscou.
"Ministros de Relações Exteriores de todos os países da Otan reafirmaram nossa união em resposta às agressões russas contra a Ucrânia na sessão extraordinária de hoje", afirmou a missão dos EUA para a aliança atlântica.
A Rússia destacou grandes números de tropas próximas à fronteira com a Ucrânia e quer garantias com vínculos legais de que a Otan irá suspender sua expansão para o leste, além de encerrar a cooperação militar com as ex-repúblicas soviéticas Ucrânia e Geórgia.
A Rússia recusa as sugestões dos EUA de que estaria planejando invadir a Ucrânia e acusa Kiev de intensificar a presença de suas próprias forças militares no leste do país.
O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, que coordenou a conferência com os ministros, saudou as perspectivas de negociação com Moscou na semana que vem, após meses em que ambos os lados trocaram acusações sobre quem estaria comprometendo a paz e a estabilidade na Europa.