MONTREAL (Reuters) - Autoridades de mais de 30 nações que assinaram em 2015 um pacto para combater mudanças climáticas se encontraram neste sábado em Montreal, na primeira reunião desde que os EUA formalmente notificaram, no mês passado, que sairão do Acordo de Paris.
O representante especial da China para assuntos climáticos, Xie Zhenhua, disse que o mundo deve prosseguir com seus compromissos feitos na França. "O Acordo de Paris não precisa ser renegociado", disse.
O encontro foi organizado por Canadá, China e União Europeia para abrir o diálogo entre a maior nação industrializada do mundo e países em desenvolvimento e "melhorar o impulso global" para implementar o Acordo de Paris, disse Miguel Arias Canete, comissário da UE para a ação climática e energia.
A reunião ocorre após três furações devastadores atingirem países na América do Norte e Central, fenômeno que alguns especialistas acreditam que podem ter sido agravados pelo aquecimento dos oceanos.
A delegação norte-americana é chefiada pelo vice-assistente de assuntos econômicos internacionais, Everett Eissenstat. Ele não fez comentários. Washington disse que participará dos encontros da Organização das Nações Unidas sobre mudanças climáticas durante o processo de retirada, o que deverá levar pelo menos três anos. Os EUA também disseram que considerarão participar de um novo e renegociado acordo.
A ministra canadense do meio ambiente, Catherine McKenna, disse que a participação dos EUA é um sinal positivo. Ela acrescentou que as iniciativas de combate a mudanças climáticas poderiam criar 30 trilhões de dólares em atividade econômica.