Por Ali Sawafta
RAMALLAH, Cisjordânia (Reuters) - Os palestinos não participarão de uma conferência de iniciativa dos Estados Unidos no Barein no mês que vem, que o governo Trump alardeou como um passo preliminar de seu plano para que estes façam as pazes com Israel, disse um ministro do gabinete palestino nesta segunda-feira.
Washington anunciou a conferência no domingo, descrevendo-a como uma oportunidade de intensificar o investimento internacional na Cisjordânia, ocupada por Israel, e na Faixa de Gaza, que é comandada pelo grupo islâmico palestino Hamas.
Os palestinos, que boicotam o governo Trump desde que este reconheceu Jerusalém como a capital israelense no final de 2017, mostraram pouco interesse em debater um plano que previram que ficará longe de suas exigências centrais.
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro palestino, Mohammad Shtayyeh, disse que seu governo não foi consultado sobre a reunião de 25 e 26 de junho em Manama.
Depois que o gabinete se reuniu, Ahhmed Majdalani, ministro do Desenvolvimento Social e membro do comitê-executivo da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), disse: "Não haverá participação palestina no workshop de Manama."
Ele acrescentou: "Qualquer palestino que participe não será mais do que um colaborador dos americanos e de Israel."
Líderes israelenses não comentaram a conferência. No domingo, o ministro das Finanças de Israel, Moshe Kahlon, disse por meio de um porta-voz que ainda não recebeu um convite.
(Reportagem adicional de Nidal al-Mughrabi)