CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco se pronunciou na quarta-feira contra a legalização das drogas e classificou os traficantes de drogas como "assassinos", ao mesmo tempo em que pediu ajuda e apoio aos viciados.
"A redução da dependência de drogas não é alcançada pela liberalização do uso de drogas - isso é uma ilusão - como foi proposto, ou já implementado, em alguns países", disse Francisco à multidão na Praça de São Pedro em sua audiência semanal.
"Ao mesmo tempo, porém, lembremos que cada viciado tem uma história pessoal única e precisa ser ouvido, compreendido, amado e, na medida do possível, curado e purificado", afirmou ele no que as Nações Unidas designaram como Dia Internacional contra Abuso de Drogas e Tráfico Ilícito.
Francisco, de 87 anos, não fez distinção entre as chamadas drogas leves, como a maconha, que foi legalizada para uso recreativo em vários países e em alguns Estados dos EUA, e as "pesadas", como heroína e cocaína.
"Não podemos ignorar as más intenções e ações dos traficantes de drogas. Eles são assassinos", acrescentou o papa.
Francisco, que é argentino, também condenou o "impacto destrutivo" da produção de drogas sobre o meio ambiente, dizendo que isso era "cada vez mais evidente, por exemplo, na bacia amazônica".
(Reportagem de Alvise Armellini)