Por Philip Pullella
CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O Vaticano indicou seu primeiro auditor-geral nesta sexta-feira, na medida mais recente adotada pelo papa Francisco para garantir transparência nas finanças assoladas por escândalos na sede da Igreja Católica.
Um comunicado informou que Francisco, que fez da faxina financeira uma das prioridades de seu papado, escolheu Libero Milone, italiano de 66 anos que foi presidente e diretor-executivo da filial italiana da empresa global de auditoria Deloitte.
O cardeal George Pell, chefe do Secretariado para a Economia do Vaticano, declarou que o auditor-geral terá autonomia, liberdade para "ir a qualquer lugar e a todo lugar" no Vaticano para analisar as finanças e a administração de qualquer departamento e responderá diretamente ao papa.
Milone nasceu na Holanda e tem experiência como contador de grandes empresas na Grã-Bretanha, na Itália e nos Estados Unidos. Ele também trabalhou como auditor para o Programa Mundial de Alimentos da Organização das Nações Unidas (ONU) e para empresas italianas de ponta como a montadora Fiat e o grupo de telecomunicações Wind.
Como resultado da operação por mais transparência, o banco do Vaticano, que foi envolvido em numerosos escândalos no passado, colocou em vigor uma iniciativa abrangente para fortalecer a governança financeira e eliminar os abusos.
O banco, conhecido formalmente como Instituto para as Obras de Religião, endureceu os padrões regulatórios e fechou milhares de contas que estavam inativas ou que se determinou não respeitarem os novos padrões exigidos dos clientes.