CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco denunciou nesta quinta-feira o "oceano de dor" que está engolfando a Síria e o Iraque, onde a guerra civil e o avanço dos militantes do Estado Islâmico obrigaram milhões de pessoas a abandonar seus lares.
Durante discurso em um encontro de instituições de caridade e bispos que trabalham no Oriente Médio, Francisco descreveu os conflitos nos dois países como "uma das tragédias humanas mais avassaladoras das últimas décadas".
O pontífice argentino pediu uma solução pacífica para os combates, dizendo que, ao contrário de atrocidades passadas, a violência moderna é transmitida ao vivo pela mídia.
"Ninguém pode fingir que não sabe! Todos estão cientes de que esta guerra pesa de uma maneira cada vez mais intolerável sobre os ombros dos pobres", declarou Francisco.
Líbano, Jordânia e Turquia, onde milhões de refugiados chegaram ao longo dos mais de quatro anos da guerra síria, os receberam "generosamente", mas "a comunidade internacional parece incapaz de encontrar soluções adequadas", afirmou.
Um encontro de emergência de ministros da União Europeia nesta semana terminou sem um plano para compartilhar a acolhida dos cerca de 160 mil refugiados recém-chegados – uma medida cujo objetivo é aliviar a pressão nos países periféricos da região, como Itália, Grécia e Hungria.
Francisco também lamentou o destino dos cristãos na Síria e no Iraque, dizendo que são oprimidos por sua fé, expulsos de sua terra, aprisionados e mortos.
(Por Isla Binnie)