BEIRUTE (Reuters) - O reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, vai acelerar a destruição do país, disse o ministro da Defesa do Irã nesta segunda-feira, enquanto um alto oficial da Guarda Revolucionária telefonou para dois grupos armados palestinos e prometeu apoio a eles.
Os líderes do Irã, onde a oposição a Israel e o apoio à causa palestina tem sido fundamental para a política externa desde a revolução islâmica de 1979, criticaram o anúncio da semana passada de Trump, incluindo um plano para transferir a embaixada dos EUA para a cidade.
Os palestinos querem Jerusalém Oriental como a capital do seu futuro Estado.
"O passo (de Trump) acelerará a destruição do regime sionista e duplicará a unidade dos muçulmanos", disse o ministro da Defesa do Irã, general Amir Hatami, de acordo com a mídia estatal.
O chefe do Estado Maior das Forças Armadas do Irã, general Mohammad Baqeri, afirmou que o "movimento tolo" de Trump pode ser visto como o início de uma nova intifada, ou revolta palestina.
Há muito tempo o Irã apoia vários grupos militantes anti-israelenses, incluindo a ala militar do Hezbollah, com sede no Líbano, que o vice-comandante da Guarda Revolucionária, Hossein Salami, disse que era "mais forte do que o regime sionista".
Qassem Soleimani, chefe do ramo da Guarda que supervisiona operações fora das fronteiras do Irã, prometeu "apoio completo da República Islâmica para os movimentos de resistência islâmica palestina" após telefonemas com comandantes da Jihad Islâmica e das brigadas Qassam Izz al-Deen, a ala armada do movimento Hamas, nesta segunda-feira.
(Reportagem de Babak Dehghanpisheh)