Por Teis Jensen
COPENHAGE (Reuters) - Parlamentares dinamarqueses concordaram neste domingo em alocar um adicional de 12,8 bilhões de coroas (2,14 bilhões de dólares) para gastos militantes durante os próximos seis anos, citando a Rússia como uma das maiores ameaças à sua segurança.
Sob o acordo, proposto em outubro do ano passado, a Dinamarca, país membro da Otan, também estabelecerá uma brigada militar de 4 mil membros focada no Mar Báltico.
Em 2023, os gastos militares serão 20 por cento superiores aos níveis atuais. Para 2018, o Parlamento já concordou com gastos militares de 22 bilhões de coroas.
"A ameaça da Rússia é real e está aumentando, então precisamos mostrar determinação com a defesa - e estamos determinados", disse o primeiro ministro Lars Lokke Rasmussen em comunicado.
Em 2016, a Rússia moveu seus mísseis Iskander-M, com capacidade nuclear, para seu enclave de Kaliningrado, no Mar Báltico, onde também implantou seu sistema de defesa de mísseis aéreos S-400.
Em abril do mesmo ano a Dinamarca afirmou que a Rússia havia hackeado sua rede informática de defesa e obtido acesso aos emails dos funcionários em 2015 e 2016.
A Dinamarca, que destinou cerca de 1,2 por cento de seu Produto Interno Bruto (PIB) a gastos militares em 2016, não alcançará, mesmo após o aumento, uma meta de gastos com defesa da Otan, de 2 por cento do PIB.
Em comunicado em separado, o Ministro das Relações Exteriores Anders Samuelsen citou outras preocupações da Dinamarca com segurança.
"O cenário de ameaça internacional é muito sério. Uma Rússia mais assertiva perto das fronteiras da Otan, o terrorismo, ameaças cibernéticas e fluxos irregulares de migrantes são todas coisas com as quais precisamos lidar."