BERLIM (Reuters) - O Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) obteve 31 por cento das intenções de voto em uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira, beneficiando-se de um aumento no apoio desde que indicou Martin Schulz como líder, diminuindo a distância dos conservadores da chanceler alemã, Angela Merkel.
O levantamento da revista Stern e da emissora RTL, publicada a sete meses das eleições federais de 24 de setembro, foi a primeira do instituto Forsa a colocar o SPD com mais de 30 por cento de aprovação desde outubro de 2012.
O bloco conservador de Merkel, composto pela União Democrata-Cristã (CDU) e a aliada bávara União Social-Cristã (CSU (SA:CARD3)), perdeu um ponto percentual e ficou com 34 por cento.
O SPD ganhou 5 pontos desde a pesquisa anterior do Forsa, que mostrou que um número igual de alemães votaria em Schulz, que foi presidente do Parlamento Europeu, e em Merkel se houvesse eleição direta para chanceler, atribuindo 37 por cento dos votos para ambos.
O SPD, parceiro minoritário da coalizão de Merkel, vem aparecendo atrás dos conservadores há anos nas pesquisas de opinião, e venceu uma eleição pela última vez em 2002 com Gerhard Schroeder.
Na segunda-feira, uma outra sondagem revelou que o SPD derrotaria a aliança conservadora da chanceler se uma eleição tivesse sido realizada naquele dia.
Mas o diretor da Forsa, Manfred Guellner, disse: "Ainda não estamos vendo um clima tão decisivo para a mudança como vimos em 1998, quando Gerhard Schroeder conseguiu muitos pontos devido ao cansaço generalizado depois de 16 anos de Helmut Kohl".
O levantamento da Forsa, feito entre 30 de janeiro e 3 de fevereiro com 2.501 pessoas, mostrou o partido anti-imigrante Alternativa para a Alemanha (AfD) em terceiro lugar com 10 por cento, e os Verdes e a legenda de extrema esquerda Linke com 8 por cento cada.
(Por Michelle Martin)