Por Nelson Acosta
HAVANA (Reuters) - Ministros do Exterior e outras autoridades de 25 países da região do Caribe se encontraram em Havana nesta sexta-feira para discutir uma ação conjunta diante das ameaças do governo do presidente dos EUA, Donald Trump, em relação à imigração e ao comércio.
Declarações de abertura no evento realizado a portas fechadas, onde há representantes de Colômbia, México, Cuba, países da América Central e ilhas caribenhas, deixaram claro que o novo governo dos Estados Unidos estava no topo da pauta, apesar de o nome do presidente Trump não ter sido pronunciado.
Os EUA são um parceiro chave da região.
"Estamos nos reunindo num momento histórico especial, quando há mudanças na cena global, e nós temos que estar preparados”, afirmou June Soomer, que é de Santa Lúcia e é secretária-geral da Associação de Estados do Caribe.
"Nós não vamos nos resignar com o que outros no mundo ditam. Não somos uma região medíocre, somos uma de excelência e paz”, afirmou Soomer.
O presidente de Cuba, Raúl Castro, compareceu à cerimônia de abertura.
O seu ministro do Exterior, Bruno Rodríguez, criticou as políticas de Trump no seu discurso de abertura e disse que a organização deveria elaborar uma resposta conjunta, uma vez que as políticas ameaçam os modelos de desenvolvimento de economias locais.
"Essas políticas imigratórias excludentes e repressivas anunciadas por países de destino, além da implementação de medidas comerciais protecionistas ao extremo, são desafios reais para a nossa região”, declarou ele.