Por Simon Evans
ZURIQUE (Reuters) - Nações importantes que apoiam Michel Platini, presidente da Uefa, como novo líder da Fifa estão adotando uma abordagem mais cautelosa em relação à sua candidatura enquanto as autoridades suíças que investigam a corrupção na Fifa analisam um pagamento de 2 milhões de francos suíços da entidade que administra o futebol mundial ao francês.
Os apostadores estão arriscando menos que Platini irá vencer a eleição de fevereiro que elege o novo presidente da Fifa desde a sexta-feira passada, quando a polícia suíça incluiu Joseph Blatter, que dirige a entidade há 17 anos, sob investigação criminal e o acusou de fazer um "pagamento desleal" a Platini em 2011 por um trabalho que teria sido executado entre janeiro de 1999 e junho de 2002.
Platini e Blatter negam qualquer irregularidade no caso, parte de um escândalo mais abrangente que começou a se desenrolar em maio, quando 14 dirigentes do futebol e executivos de marketing esportivo foram indiciados nos Estados Unidos por suborno, lavagem de dinheiro e fraude eletrônica.
Agora várias federações afirmam que podem rever seu endosso a
Platini dependendo dos resultados do inquérito sobre o pagamento.
Embora não tenham retirado seu apoio ao ex-jogador francês, as federações inglesa, alemã e italiana expressaram preocupação com as alegações, enquanto a federação sueca disse que o caso pode interferir em seu patrocínio a Platini.
A Uefa declarou que Platini se reuniu com os investigadores como testemunha, mas na terça-feira o procurador-geral suíço Michael Lauber afirmou que ele está sendo considerado algo "entre uma testemunha e uma pessoa acusada".