Por Nidal al-Mughrabi
CAIRO (Reuters) - Ataques israelenses em Gaza mataram pelo menos 30 palestinos neste sábado, segundo autoridades de saúde locais, enquanto o Catar expressava esperança de um novo impulso nos esforços para chegar a um acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.
Os militares israelenses não comentaram imediatamente sobre os ataques relatados na Cidade de Gaza e em Rafah.
Autoridades de saúde palestinas disseram que dezenas de pessoas também ficaram feridas em todo o enclave no sábado. O Ministério da Saúde do território não faz distinção entre civis e militantes nos registros diários de mortes, e a Reuters não pôde verificar os números de forma independente.
Os militares israelenses disseram que na sexta-feira mataram vários militantes do Hamas que foram identificados como operando a partir de uma estrutura no campo de Nuseirat, no centro de Gaza, de acordo com um comunicado divulgado no sábado.
Autoridades de saúde palestinas disseram que pelo menos 20 pessoas, incluindo seis crianças e cinco mulheres, foram mortas nesse ataque.
Israel acusa o grupo islâmico de usar a população civil e propriedades como escudos. O Hamas nega isso.
O primeiro-ministro e ministro das Relações Exteriores do Catar, Sheikh Mohammed bin Abdulrahman Al Thani, disse que o Catar estava se engajando com a nova administração Trump sobre Gaza, depois de sentir um novo impulso para as negociações de cessar-fogo após a eleição dos EUA.
O enviado de Donald Trump para o Oriente Médio viajou para o Catar e Israel para dar o pontapé inicial na pressão diplomática do presidente eleito dos EUA para um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns antes de sua posse em 20 de janeiro, disse uma fonte informada sobre as negociações à Reuters na quinta-feira.
O Hamas disse no sábado que um acordo de cessar-fogo só poderia ser alcançado se ele garantisse o fim da guerra em Gaza, reafirmando sua posição de destaque. Israel diz que a guerra só pode terminar quando o Hamas for erradicado.
(Reportagem de Nidal al-Mughrabi no Cairo, Ali Swafta em Ramallah e Maayan Lubell em Jerusalém)