WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono afirmou nesta quarta-feira que 51 laboratórios em 17 Estados norte-americanos e três outros países receberam amostras suspeitas de antraz ativo, um número maior do que o divulgado anteriormente, acrescentando que ainda pode subir no decorrer da investigação.
O Departamento de Defesa dos EUA disse que não há sinal de que o envio das amostras das bactérias potencialmente letais foi resultado de uma ação deliberada. O Pentágono declarou que não há registros de qualquer infecção ou perigo ao público.
O Pentágono já havia divulgado os três países envolvidos no caso: Austrália, Coreia do Sul e Canadá.
O Pentágono disse que as únicas amostras de antraz vivo confirmadas eram procedentes de uma base do Exército dos EUA em Utah, a Dugway Proving Ground.
Na terça-feira, o Pentágono afirmou que as supostas amostras de antraz haviam sido enviadas a laboratórios em 12 Estados norte-americanos, assim como àqueles três países já em 2006. O Pentágono ordenou na semana passada uma revisão abrangente das práticas destinadas a tornar as bactérias inativas.
A manipulação de antraz pelo Pentágono levantou mais preocupações sobre como o governo dos EUA gerencia tais agentes patogênicos perigosos. O incidente ocorre após a divulgação no ano passado de que o Centro para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA manuseou mal amostras de antraz num caso semelhante.
(Reportagem de Will Dunham) 2015-06-03T191925Z_1006940001_LYNXMPEB5213T_RTROPTP_1_MUNDO-EUA-PENTAGONO-ANTRAZ.JPG