WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono planeja anunciar a revogação da sua proibição de militares transgêneros servindo abertamente no mês que vem, disseram autoridades de defesa dos Estados Unidos.
A revogação assim se daria cinco anos depois de uma decisão para terminar com a proibição nas forças norte-americanas de gays e lésbicas servindo abertamente, apesar de temores, que se mostraram infundados, que tal medida seria uma pressão muito grande em tempos de guerra e minaria a preparação.
O anúncio se dá na mesma semana em que o Exército norte-americano recebeu formalmente o seu novo secretário, Eric Fanning, que se tornou o primeiro líder abertamente gay de uma das forças militares na história dos EUA.
Uma das autoridades norte-americanas afirmou que partes da revogação entrariam em vigor imediatamente. O plano, contudo, também direciona cada força do serviço militar a implementar as novas políticas que afetam desde recrutamento até moradia para soldados transgêneros, disse a autoridade.
Ativistas celebraram a notícia. Ashley Broadway-Mack, presidente da Associação dos Parceiros de Militares Norte-americanos, afirmou em comunicado: “Nossos integrantes do serviço transgêneros e as suas famílias estão dando um grande suspiro de alívio”.
O Centro Nacional de Igualdade para Transgêneros estimou no ano passado que 15 mil transgêneros servem nas forças militares dos EUA.
(Reportagem de Eric Beech, Mohammad Zargham, Phil Stewart, Idrees Ali)