Por Jack Kim e Phil Stewart
SEUL/WASHINGTON (Reuters) - Os militares dos Estados Unidos garantiram aos norte-americanos nesta quarta-feira que são capazes de defender o país de qualquer ameaça de um míssil balístico intercontinental (ICBM, na sigla em inglês) recém-desenvolvido da Coreia do Norte, que Pyongyang diz poder carregar uma grande ogiva nuclear.
Na terça-feira a Coreia do Norte deu um grande passo em seu programa de mísseis e fez um lançamento teste de um ICBM que alguns especialistas acreditam poder alcançar o Alasca e o Noroeste Pacífico dos EUA.
O teste, o primeiro do tipo realizado pelos norte-coreanos, levou à convocação de uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta quarta-feira e um clamor de Washington por uma ação global.
O porta-voz do Pentágono, o capitão da Marinha Jeff Davis, ressaltou um teste bem-sucedido do mês passado no qual um interceptador de mísseis localizado nos EUA abateu um ICBM norte-coreano simulado.
"Por isso temos confiança em nossa capacidade de nos defendermos contra a ameaça limitada, a ameaça nascente que está lá", disse ele aos repórteres. Ele admitiu, porém, que testes de defesa de mísseis anteriores tiveram "resultados mistos".
O líder da Coreia do Norte, Kim Jong Un, disse que o teste completou o arsenal de armas estratégicas de sua nação, que inclui bombas atômicas e de hidrogênio e ICBMs, relatou a agência de notícias estatal KCNA.
Kim afirmou que Pyongyang não irá negociar com os EUA para abrir mão desta armas até que Washington abandone sua política hostil com a Coreia do Norte, segundo a KCNA.
O teste foi um desafio direto ao presidente dos EUA, Donald Trump, que vem exortando a China, principal parceira comercial e única grande aliada dos norte-coreanos, a pressionar Pyongyang para que esta desista de seu programa nuclear.